Curso: Como liderar e desenvolver equipes no supermercado
Data: 19 e 20 de novembro
Local: Rua Voluntários da Pátria, 262, sala 22, Curitiba, Pr
Professora: Cléia Elaine Soares
INSTIEMERC (Instituto de Desenvolvimento e Apoio Social dos Empregados no Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios em Mercados, Minimercados, Supermercados e Hipermercados do Estado do Paraná) Endereço: Rua Voluntários da Pátria, 262, sala 22 - Curitiba - Paraná E-mail: instiemerc@gmail.com
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
quarta-feira, 14 de novembro de 2012
Curso Operador de Caixa 12 e 13 de novembro 2012
Estudamos sobre as funções do Operador e Fiscal:
- Normas e procedimentos
- Liderança - função do Fiscal de Caixa
- Dinheiro verdadeiro e falso
- Atendimento ao cliente
Fizemos um teatro super divertido para demonstrar o que não deve ser feito na Frente de Caixa.
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Curso: Qualidade de Atendimento ao Cliente de Supermercado - 05 e 06 novembro 2012
E-mail: instiemerc@gmail.com
Professora: Cléia Elaine Soares - Psicóloga - CRP 08/07013
O INSTIEMERC realizou mais um curso de Atendimento ao Cliente com foco em vendas
Fizemos várias atividades: leitura de materiais, apresentação e estudos de caso, teatro (foi bem divertido - temos alguns atores!). Toda a abordagem foi centrada na importância da excelência no atendimento ao cliente e desenvolvimento da inteligência emocional para lidar com as diversas situações que ocorrem no supermercado.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6Xdh1CR_LgGxXPQgjDnNQ0QcU6la2XtzJ4rHhnaSL3wsXsgjoDfnjAdvUEPmhwlbA3V0b9BNFvG3Nhw2_pLf4AzsplEagszWZkhFB5EMV-fPLkoo9MytwGCOrKPR1LVxqZvdPkOwQvGWd/s200/Foto0947.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvoxIYSpeJkAI2F-H0fBbgHLdBiaoedstARhnI42iGjBG-7acT1-UDFIeqS-Nb1uP9t8E5IowUfsYWtTUb-bMNamSsX9aPR-teKLHY5kafJAsvFq8BSP2eNFcwFOv6QxUNvHPsIsXSNN23/s200/Foto0958.jpg)
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Professora: Cléia Elaine Soares - Psicóloga - CRP 08/07013
O INSTIEMERC realizou mais um curso de Atendimento ao Cliente com foco em vendas
Fizemos várias atividades: leitura de materiais, apresentação e estudos de caso, teatro (foi bem divertido - temos alguns atores!). Toda a abordagem foi centrada na importância da excelência no atendimento ao cliente e desenvolvimento da inteligência emocional para lidar com as diversas situações que ocorrem no supermercado.
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segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Pesquisa de marketing com clientes de supermercados
Por: Cléia Elaine Soares
E-mail: cleiapsicologia@gmail.com
ARTIGO PESQUISA
DE MARKETING EM SUPERMERCADO[1]
Cléia
Elaine Soares[2]
Dr.
Armando João Dalla Costa[3]
Resumo:
A proposta
deste estudo foi analisar a pesquisa de marketing, seus conceitos e aplicação
em empresa de varejo, no caso em questão, optou-se por supermercado
convencional[4].
A função da pesquisa de marketing é avaliar a necessidade de fornecer à
gerência informações relevantes, precisas, confiáveis, válidas e atuais para o
processo de tomada de decisão. A natureza dinâmica do varejo, intensificada pelo processo de
modernização, criou a necessidade de uma maior profissionalização do setor e o
desenvolvimento de novas concepções que sejam condizentes com a nova realidade,
onde o cliente tem papel fundamental na sobrevivência da empresa. O
entendimento do shopper[5] e seu
comportamento dentro da loja se tornam vitais na dinâmica do mercado atual e
competitivo. Realizou-se estudo de caso em um supermercado convencional de Curitiba.
Palavras-chaves:
Pesquisa de marketing, supermercado, varejo, cliente.
[1] Artigo apresentado para conclusão de curso da
Facinter, março de 2011.
[2] Aluna do curso de MBA em Gestão de
Marketing da Facinter – Curitiba -
Paraná
[3] Orientador: Dr. Armando João Dalla Costa
[4] Conforme informações da Associação Brasileira
de Supermercados – ABRAS (acesso mar.. 2001 Existem três tipos de
classificações para supermercado: 1) Compacto: com área de vendas de 250 a
1.000 metros quadrados, 7 mil itens, de 2 a 7 check-out, e com as seções de
mercearia, hortifruti, açougue, frios e laticínios e bazar; 2) Convencional: de
1.001 a 2.500 metros quadrados de área de vendas, média de 12 mil itens, de 8 a
20 check-out, e com as seções de mercearia, hortifrútis, açougue, frios e
laticínios, peixaria, padaria e bazar; e 3) Grande: De 2.500 a 5.000 metros
quadrados de área de vendas, média de 20 mil itens, e de 21 a 30 check-out, com
as seções de mercearia, hortifrutis, açougue, frios e laticínios, peixaria,
padaria, bazar e eletroeletrônicos.
[5] O termo shopper se refere ao consumidor no
momento da compra, interagindo com os produtos, marcas e ambiente de venda.
1
Introdução
A competitividade no varejo vem
gerando mudanças constantes no setor, haja vista que nunca o varejo sofreu
tanta modificação como agora, tanto em sua forma de se relacionar com seus
clientes (interno e externo) quanto na sua forma de oferecer produtos ou
serviços.
A grande concentração que vem ocorrendo no Brasil
no segmento do varejo alimentício aumentou o poder de negociação dessas
empresas perante seus fornecedores e acirrou a concorrência entre elas. Isto
proporciona ao consumidor final preços mais atrativos e maior diversidade de
produtos em um único local de compra.
Justifica-se o presente estudo pela
necessidade de analisar esse novo cenário, onde o cliente escolhe entre
diversos supermercados, verifica-se que é pertinente analisar como é seu comportamento
e qual a sua percepção sobre o estabelecimento que ele frequenta.
Na busca pela fidelidade do cliente,
o varejo, em especial o setor supermercadista, tem sido pressionado a utilizar
estratégias cada vez mais focadas no consumidor final, uma forma de obter
informações é a utilizar a pesquisa de marketing.
Nesse ambiente competitivo
depreende-se a necessidade de analisar a opinião do clientes. Os estudos de
marketing apresentam que as mudanças nas decisões de compra feitas pelos
consumidores são constantes e se relacionam à idade, à renda, à instrução, aos
sentimentos, aos pensamentos, aos valores, aos costumes, à família, ao estilo
de vida, aos grupos de referências e à tecnologia. Todos esses fatores podem
ser determinados a partir de uma criteriosa análise e pesquisa com os
consumidores.
A pesquisa de marketing visa estudar
e pesquisar, de forma detalhada, tais decisões para poder saber como, quando,
onde, de que forma e por que os consumidores compram.
Conhecer o consumidor significa
compreender cada cliente individualmente, adotando estratégias que permitam o
relacionamento de forma individual, conhecendo suas preferências, costumes,
hábitos de consumo e comportamento. Sua função principal é prover informações
que embasem às gerências e equipes em suas metas.
A metodologia utilizada foi o estudo
de caso de um supermercado de Colombo, região metropolitana de Curitiba, a
aplicação do estudo de caso reside em sua capacidade de explorar processos sociais à medida que eles
se desenrolam nas organizações. Seu emprego permite, entre outros, uma análise processual,
contextual e longitudinal das várias ações e significados que se manifestam e
são construídos dentro das organizações”
(ROESCH, 1999, p.197).
2 O varejo
e o supermercado
Las Casas & Garcia (2008)
apontam que no Brasil, o varejo é tal qual se conhece hoje; iniciou-se no final
do século XIX, com o início da industrialização e o surgimento dos meios e vias
de transporte. Os historiadores citam o Visconde de Mauá como um dos primeiros
e dos mais importantes varejistas, além de ser responsável por fundações de
bancos, construção de estradas de ferro, estaleiros, indústrias e investimentos
importantes em companhias de iluminação a gás, no Rio de Janeiro.
A evolução histórica tanto do varejo
brasileiro quanto o de outros países está diretamente relacionada ao cenário em
que se assenta a infra-estrutura das cidades. Além disso, necessitam
principalmente de uma concentração mercadológica que pressupõe a existência de
pessoas, dinheiro, autoridade para comprar e, evidentemente, disposição para
comprar. Adicionalmente à facilidade de transporte e comunicações, é
determinante para o crescimento varejista o próprio crescimento das cidades.
Basta comparar o comércio varejista de algumas capitais mais populosas com o
das cidades interioranas para constatar essa evolução (LAS CASAS & GARCIA,
2008).
Na última década do século XX
,“presenciamos uma dramática modificação no varejo brasileiro. As grandes
empresas varejistas globais (como Carrefour, Wal-Mart, Ahold, Cassino) vêm
ampliando sua participação no mercado brasileiro, trazendo novas técnicas de
gestão, acirrando a concorrência no mercado e provocando rápido processo
evolutivo e seleção natural da nova “espécie” varejista que conseguirá sobreviver
no século XXI” (PARENTE, 2000).
Conforme Las Casas & Garcia
(2008) a definição mais utilizada para definir varejo é a fornecida pela American Marketing Association,
trata-se de uma unidade de negócios que compra mercadorias de fabricantes,
atacadistas e outros distribuidores e vende diretamente a consumidores finais
e, eventualmente, a outros consumidores.
Las Casas (2006) conceitua que varejo é um termo utilizado para setores do comércio que vendem diretamente para os consumidores finais. As atividades do comércio varejista são muito importantes, pois geram uma gama de empregos no país.
Las Casas (2006) conceitua que varejo é um termo utilizado para setores do comércio que vendem diretamente para os consumidores finais. As atividades do comércio varejista são muito importantes, pois geram uma gama de empregos no país.
Os principais setores varejistas brasileiros são : a) Supermercados e
Hipermercados; b) Farmácias; c) Concessionárias de veículos; d) Lojas de
vestuários; e) Lojas de materiais de construção; f) Lojas de móveis e
decoração; g) Postos de gasolina; h) Lojas de eletroeletrônicos; i) e
Livrarias.
Hünkes (2001, p. 42) argumenta que supermercados
são empresas do tipo varejo, pois vendem os produtos diretamente aos clientes
finais para uso pessoal, “operam com custo baixo, margem pequena, altos
volumes, no sistema autoserviço, onde o próprio consumidor localiza, compara e
seleciona os produtos que irá comprar”
Segundo Kotler (2000, p. 541), entre
os principais formatos de varejo estão os supermercados, “operações de
auto-serviço relativamente grandes, de baixo custo, baixa margem e alto volume,
projetadas para atender a todas as necessidades de alimentação, higiene e
limpeza doméstica.”
Esses setores são responsáveis por
grande parte dos custos das famílias brasileiras, principalmente em relação aos
supermercados e farmácias. Fica clara, assim, a importância dos setores
varejistas para a população e interdependência que eles possuem (LA CASAS,
2006).
Quando o consumidor se dirige a uma
loja de supermercados, faz suas compras, passa pelo check-out com o carrinho,
dificilmente imagina a enorme estratégia montada para que o produto chegue às
suas mãos (DALLA COSTA, acesso mar. 2011). Desta afirmativa, verifica-se a
complexidade de estruturação de um supermercado, além de preocupações
logísticas há uma série de situações inerentes a esse tipo de empresa:
rotatividade de funcionários, competição acirrada do varejo, pressão dos
fornecedores, guerra de preços, atendimento ao cliente.
Dos pontos destacados, acima, o
objetivo deste estudo se focou na pesquisa de marketing com o cliente e como o
profissional de marketing pode atuar para desenvolver estratégias de
conhecimento do seu shopper.
3
Pesquisa de marketing
Segundo Mattar (1995) a pesquisa de
marketing surgiu e se desenvolveu a partir de 1910, nos EUA, onde as verbas
destinadas pelas empresas em 1948 chegavam a US$ 50 milhões e, em 1975,
ultrapassavam os US$ 600 milhões, enquanto no Brasil, nesse mesmo ano, foram de
apenas US$ 3,5 milhões.
Pesquisa de marketing é a união
entre consumidor, cliente e empresa,
usada para identificar e definir oportunidades e problemas de mercado; gerar,
refinar e avaliar ações de marketing; monitorar o desempenho de marketing;
melhorar a compreensão do marketing como processo (MATTAR, 1995).
Kotler (2000) o objetivo maior do marketing é
a identificação e satisfação das necessidades e desejos do cliente. Para
identificar essas necessidades e implantar estratégias e programas que visem à
satisfação do consumidor, os gerentes de marketing precisam de informações a
respeito dos clientes, dos concorrentes e de outras forças que atuam no
mercado.
Mückenberger (2001) expõe que no
âmbito do marketing, busca-se o estabelecimento de relações de longo prazo
entre cliente e empresa, de forma a propiciar vantagens para ambas as partes.
Os recentes desenvolvimentos da disciplina de Marketing demonstram
direcionamento de esforços para promover o relacionamento com o cliente, sendo
a satisfação do consumidor um dos pilares mais importantes deste vínculo.
Para Kotler (2000, p. 58) a satisfação “consiste
na sensação de prazer ou desapontamento resultante da comparação do desempenho
(ou resultado) percebido de um produto em relação às expectativas do
comprador.” A definição de satisfação do autor evidencia que a satisfação é
função de desempenho e expectativas percebidos pelo cliente.
Bateson e Hoffman (2001) ressaltam que a
satisfação pode ser melhor entendida como uma avaliação da surpresa inerente à
aquisição de um produto e/ou à experiência de consumo.
Mückenberger (20014, p.5) a satisfação do cliente: (a) é uma avaliação
ou um julgamento, (b) ocorre após uma experiência com um produto ou serviço, e
(c) é relativa a uma transação específica. Sua raiz etimológica está
relacionada à saciedade, qual seja, uma sensação de suprimento até um limite em
que se passa a sentir efeitos negativos.
O modelo dominante de satisfação, para Kotler
(2000) é concebido por meio da comparação cognitiva do desempenho percebido com
as expectativas de pré-compra, podendo o desempenho alcançar as expectativas
(cliente com satisfação moderada ou indiferente); superar as expectativas
(cliente altamente satisfeito); ou, não alcançar as expectativas (cliente
insatisfeito). Nesta perspectiva, “muitas empresas estão objetivando a alta
satisfação porque clientes meramente satisfeitos mudam facilmente de fornecedor
quando aparece uma oferta melhor. Os que estão altamente satisfeitos são muito
menos propensos a mudar” (KOTLER, 2000, p. 58).
Rojo (2002, p. 26) ressalta que “a
melhor estratégia para ter clientes de forma continua e permanente é oferecer
aquilo que ele realmente quer, delineando assim a busca pela qualidade que
possibilite exceder suas expectativas”. Os clientes satisfeitos são menos
sensíveis a preços e propensos a repetir o consumo com os fornecedores que lhe
trouxeram satisfação superior. Nesse sentido, identificar os atributos que
geram satisfação nos clientes é imprescindível para qualquer empresa sobreviver
no ambiente competitivo atual.
Diversos fatores provocaram a
necessidade de obtenção de informações mais detalhadas para a empresa. Conforme
Freitas (2000) a informação serve para a tomada de decisão; logo, a importância
de decidir com maior precisão é justificada pela necessidade que se tem de agir
dentro das organizações e no campo da pesquisa.
Conhecer como ocorre o processo de escolha por
um supermercado ou outro é fundamental para o desenvolvimento do negócio, esses
dados são extremamente úteis para a organização, na medida em que esta poderá
buscar soluções para satisfazer o cliente.
4 Estudo
de caso
Foi realizada pesquisa em um
supermercado convencional de Colombo, região metropolitana de Curitiba, são 4
lojas, o estudo efetivou-se em uma das lojas que tem mais de 1.000 metros quadrados, 16 check-out, mais
de 30 mil itens. É uma empresa familiar, com 30 anos de tradição na região.
Até então o supermercado se
comportou com uma empresa familiar, focada na gestão do negócio, com diversos
membros familiares na direção, falta de organização do setor de compras, índice
elevado de quebra e perda no setor de perecíveis, falta de padronização das
rotinas administrativas e de pessoal.
No ano de 2011 o supermercado
contratou assessoria especializada em Gestão de Pessoas e implantação de
procedimentos organizacionais.
Dentre as atividades realizadas pela
assessoria destaca-se a pesquisa de marketing que foi realizada com 250
clientes, em horários alternados, no período de 15 dias, os dados foram
analisados pelos gestores da empresa e procedeu-se uma reestruturação dos
setores.
Seguem-se os dados levantados pela
pesquisa com clientes no interior da loja:
...GRÁFICOS... por questão de sigilo e ética os gráficos não foram expostos
Interessados enviar e-mail para cleiapsicologia@gmail.com
A
aplicação de pesquisa de marketing ocorreu em um supermercado de Colombo,
região metropolitana de Curitiba, foram entrevistados 250 clientes no mês de
março de 2011.
Os resultados demonstram os pontos
fortes, fracos, oportunidades e ameaças. Ao ouvir o cliente, suas sugestões e
necessidades o supermercado pesquisado obteve condições de estruturar um
planejamento, traçando metas e definindo prioridades de atendimento dos
setores.
Considerações
finais
O varejo, como qualquer outro
empreendimento, precisa de uma boa administração e de administradores, que
planejem, organizem, dirijam e controlem o crescimento, a sobrevivência e o
futuro dos seus negócios, para tanto a importância de conhecer e saber aplicar
a pesquisa de marketing.
Seu objetivo é a identificação,
coleta, análise e disseminação de informações de forma sistemática, ordenada e
objetiva, e seu uso visa a melhorar a tomada de decisões relacionadas à
identificação e solução de problemas e oportunidades em marketing, além de ser
uma ferramenta de ajuda na obtenção de dados, buscando respostas que possam
ajudar na tomada de decisão da organização.
No varejo, para ser
bem-sucedido, é preciso estar alerta e pronto para se adaptar aos desafios dos
mercados. Para tanto, é fundamental atitude de permanente processo de melhoria,
desenvolvendo e utilizando os mais avançados meios tecnológicos, gerencial e
mercadológico para conseguir satisfazer e atender às necessidades dos
consumidores.
Diferentemente da indústria, que
mantém um distanciamento com relação aos consumidores, o varejo, por suas
próprias características, possui a vantagem de estar permanentemente próxima ao
consumidor o que possibilita mais agilidade no diagnóstico de tendências e na
percepção de toda e qualquer mudança no perfil do consumidor, razão pela qual
pode promover pesquisa junto aos seus clientes, oportunizando mudanças e
otimização dos processos.
No
supermercado a criação e manutenção de vantagens competitivas representam
desafios crescentes dia-a-dia, entender mais claramente as atitudes, opiniões e
crenças dos consumidores, permitindo identificar e satisfazer suas necessidades
de forma precisa e segura, é fator vital para a sobrevivência e manutenção de
desenvolvimento empresarial.
Para que as empresas antecipem ou
respondam às necessidades dos clientes, elas precisam dispor de informações
sobre seus clientes atuais e potenciais e sobre o sucesso de suas próprias
práticas, dentro do ambiente microeconômico.
Referências
ABRAS.
Disponível em www.abrasnet.com.br. Acesso mar. 2011.
BATESON, J.E.G.; HOFFMAN, K.D. Marketing de serviços. Porto Alegre:
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Admir Roberto e SOARES, Sérgio Arreguy. As estratégias de comunicação e
marketing utilizadas pelos supermercados de vizinhança de Belo Horizonte para
conquistar e manter clientes. Universidade Fumec, 2009.
CUNHA, Karina Samantha. Fidelização dos
clientes: avaliando a qualidade dos serviços oferecidos em um supermercado.
Bebedouro: São Paulo, 2007.
DALLA
COSTA, Armando João. A importância da logística no varejo brasileiro: o caso
do Pão de Açúcar. Disponível em http://www.empresas.ufpr.br/logistica.pdf Acesso em mar.
2011.
FREITAS, H. M. R. Análise de dados qualitativos: aplicação e tendências mundiais em sistemas de informação. Revista de Administração - RAUSP, v.35, n.4, p.84-102, out./dez. 2000.
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marketing de relacionamento e os programas de fidelização de clientes em
supermercados na Região Sul do Brasil. 2001. 139 f. Dissertação (Mestrado
em Administração). Curso de Pós-Graduação em Administração, Universidade
Regional de Blumenau, Blumenau, 2001.
KOTLER, P.
Administração de marketing: a edição do milênio. 10 ed. São Paulo:
Prentice-Hall, 2000.
LAS
CASAS, Alexandre Luzzi & GARCIA, Maria Tereza. Inovações e
diferenciações estratégicas que fazem a diferença no marketing de varejo.
Novatec, 2008.
MATTAR, F.
N. Pesquisa de marketing: metodologia e planejamento. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 1999.
MÜCKENBERGER,
E. O papel da Satisfação, confiança e comprometimento com clientes com
diferenciados. ANPAD: Campinas, 2001.
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e estratégia. São Paulo: Atlas, 2000.
PORTAL
CAMPINAS. Disponível em http://www.portalcbncampinas.com.br . Acesso em
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ROESCH, S.
M. A. Projetos de estágio e de pesquisa em administração. 2. ed. São
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ROJO, F.J.G. Supermercados
no Brasil: qualidade total, marketing de serviços,
comportamento do consumidor. São Paulo: Atlas,
2002.
Supermercado Moderno. http://www.sm.com.br .Acesso
em mar. 2011.
domingo, 4 de novembro de 2012
Curso: Operador e Fiscal de Caixa de Supermercado
Valor: gratuito para adimplentes com o SIEMERC (Sindicato dos Supermercados de Curitiba e região).
Data: 12 e 13 novembro 2012
Professora: Cléia Elaine Soares - Psicóloga CRP 08/07013
Turma I: 8h00 às 12h00
Turma II: 18h00 às 22h00
Endereço: Rua Voluntários da Pátria, 262, sala 22, Curitiba, Pr
INSTIEMERC qualifica trabalhadores de supermercados
De janeiro a julho de 2012, o INSTIEMERC qualificou 436 funcionários que já se encontram empregados nos supermercados. Desse total, 337 são do sexo feminino e 99 do masculino. Os cursos são oferecidos sem nenhum custo ao trabalhador. Como lembra Jorge Leonel de Souza, presidente do INSTIEMERC E DO SIEMERC: “todos os trabalhadores que estão empregados em supermercados têm o direito de fazer quantos cursos quiserem, GRATUITAMENTE. Basta entrar em contato com o Sindicato dos trabalhadores em supermercados”. O presidente Jorge Leonel de Souza observa que “os trabalhadores que fazem os cursos têm maiores oportunidades de obter vantagens no emprego e passam a ter mais facilidades no mercado de trabalho, caso decidam procurar por uma ocupação que paga um salário maior e oferece melhores condições de trabalho”.
E-mail: onda@siemerc@onda
Endereço: Rua Voluntários da Pátria, 262, Centro, Curitiba, Pr
sábado, 3 de novembro de 2012
Motivação do funcionário que trabalha em supermercado
Autora: Cléia Elaine Soares - Psicóloga CRP 08/07013 - Especialista em Gestão em Marketing
Endomarketing: o funcionário sempre em primeiro
lugar!
Falar em rotatividade,
falta de qualificação profissional, dificuldade para contratar, desmotivação
dos funcionários, ineficiência dos líderes, baixos salários e tudo mais que
reza a cartilha das catástrofes do setor supermercadista é chover no molhado.
Precisamos de atitude, é hora de abandonar as lamentações, as queixas servem,
somente, para contaminar o ambiente de trabalho e reforçar a falta de
esperança.
O que fazer? A receita é simples: coloque o funcionário em primeiro lugar! Proponho a subversão da máxima que diz 'o cliente sempre em primeiro lugar' ou 'o cliente sempre tem razão'. Não estou propondo, de forma alguma, apologia ao desrespeito e maus tratos aos clientes.
Vamos refletir: quem vem
primeiro o cliente ou o funcionário? Há uma tendência forte a dizer que o
cliente é quem paga nosso salário, o cliente é o rei, sem ele não há razão de
existência da empresa etc. Não há como discordar de tudo isso, mas alguns
supermercados focam tanto nas relações com os clientes externos (campanhas,
promoções, prêmios, vantagens) e os funcionários ficam como meros instrumentos
para satisfazer as necessidades da realeza.
Alguns gestores
orgulham-se de proporcionar aos seus funcionários carteira assinada, pagamento
em dia, salário justo, folga semanal, horário de almoço. Ora, tudo isso não é
benefício, é direito. Um funcionário descontente não pode tratar o cliente como
um rei, não consegue fazer valer a máxima do 'cliente em primeiro lugar'.
Imagine um supermercado
que gasta dinheiro e esforço em ações de marketing, organiza o layout, lança
encarte com ofertas imperdíveis, realiza sorteio de prêmios, divulga as
promoções na televisão ou carro de som. O cliente é atraído para a loja, mas
encontra funcionários despreparados, com pouca informação sobre as promoções,
os preços estão com as etiquetas trocadas, ao passar no checkout há divergência
de preço.
O que aconteceu? O
gestor 'achou' que essas estratégias eram uma boa maneira de colocar o cliente
em primeiro lugar, oferecendo o melhor preço, mas não garantiu o melhor
serviço, pois seus funcionários não estavam prontos para oferecer o 'seu melhor'.
Reafirmo que o
funcionário está sempre em primeiro lugar, o supermercado que planeja e executa
ações firmes em prol da sua equipe, tem excelência no atendimento ao cliente,
pois isso é uma consequência e não uma imposição.
O que o endomarketing tem
haver com tudo isso? Endo, prefixo grego (éndon) que significa "para
dentro", somado ao termo marketing, passa imediatamente a ideia de que as
técnicas de abordagem aos clientes externos podem ser aplicadas ao público
interno. Ou seja, é a aplicação das ferramentas do marketing para os
funcionários.
O endomarketing busca
soluções para tornar os funcionários participantes de uma grande equipe, onde
todos sabem as regras, jogam no mesmo time e fazem tudo atingir a vitória.
Dentre as estratégias
mais divulgadas do endomarketing estão: treinamento, frases motivacionais,
jornal interno, comemoração dos aniversariantes, festas, premiações,
funcionário do mês, café com o presidente da empresa etc.
Endomarketing é fácil de
ser definido e implantado, mas algumas empresas mostram resistência, seja por
desconhecimento ou por ter passado por uma situação de investimento com
resultados parciais. O gestor pode dizer: "- Já fiz isso e não deu
resultado".
Adianto que propostas
implantadas sem planejamento podem surtir pouco efeito, em alguns casos, causar
desmotivação e revolta. Um supermercado iniciou o programa de 'Funcionário do
Mês', o gerente fez a escolha com base no desempenho de cada colaborador. Ao
anunciar o vencedor, houve protestos, pois se tratava de um 'puxa-saco', na
frente do líder era uma pessoa e com os colegas de trabalho era pretensioso e
não cumpria o lhe era determinado.
Mitos do endomarketing:
Isso é coisa para empresa
de grande porte;
Custa caro;
Só posso pensar em
endomarketing quando tiver com o RH estruturado;
Tenho que arrumar o
layout da loja primeiro, depois investir nos funcionários;
Estratégias iniciais para
implantar o endomarketing no supermercado: diagnóstico, aplicação das
estratégias frente aos problemas apresentados e fortalecimento dos pontos
fortes e avaliação dos resultados.
1) Comece pelo fim:
O que: Ficha de
desligamento de funcionário
Como: Ao sair da empresa
o funcionário deve preencher uma ficha contendo nome, tempo de serviço, setor,
líder, expor como foi o relacionamento com os colegas de trabalho, como foi a
atitude do líder, se a empresa pagou devidamente o salário e as horas extras,
motivo da saída e sugestão de melhoria para a empresa.
Justificativa: Ao sair da
empresa o funcionário está livre para expressar sua opinião, pode fazer
denuncia sobre seu líder ou algum colega, pode expor dificuldade do setor de
trabalho. Em caso de funcionário não alfabetizado a pessoa do RH pode escrever
e outro funcionário assinar como testemunha.
Observações:
Algumas empresas aplicam o
questionário de desligamento, mas não utilizam os dados como forma de avaliar
as principais dificuldades da empresa;
As fichas devem ser
reunidas e tratadas em conjunto, analisando-se de forma cautelosa, ao sair da
empresa alguns estão ressentidos e o fazem de forma agressiva.
A ficha de desligamento
pode ser utilizada em ação trabalhista;
2) Pesquisa de clima –
diagnóstico organizacional
O que: Trata-se do
levantamentos dos principais pontos fortes e fracos da empresa.
Como: Pode-se contratar
uma empresa externa para fazer uma entrevista com os funcionários ou propor que
eles respondam a um questionário (com opção para identificar ou não o nome do
respondente).
Justificativa: Escutar a
equipe é a forma mais barata e eficiente para resolver boa parte dos problemas.
Observações:
Existem várias empresas
de assessoria e profissionais qualificados para tal serviço. Não desejo
estabelecer uma regra ou desmerecer esse ou aquele profissional/empresa, mas
como psicóloga tenho que alertar que o funcionário deve ter garantia do sigilo
das informações e que não será punido por expor sua opinião. Os dados devem ser
repassados em forma estatística e não podem servir como instrumento de 'caça às
bruxas'. O objetivo não é apontar o funcionário que fala mal da empresa e que
não está satisfeito. A pesquisa de clima deve levantar possibilidades de
melhorias dos pontos fracos e maximizar os fortes.
Pontos analisados na
pesquisa de clima: motivação, satisfação com o trabalho e salário, papel das
lideranças, saúde física e emocional dos colaboradores, apontamentos e
sugestões de melhorias.
3) Reunião com as
lideranças
O que: Proponha um
encontro com as lideranças em horário que possibilite diálogo e pouca
interferência.
Como: Nesse momento não
adianta focar nos problemas, todos sabem ou deveriam saber o que está errado.
Os participantes devem ser estimulados a fornecer sugestões e soluções viáveis
às questões apresentadas na pesquisa de clima.
Justificativa: As
reuniões, por vezes, não são produtivas porque elas acontecem quando o
'incêndio' já aconteceu. As empresas devem propor reuniões mais frequentes e
focadas em soluções.
Observações:
Os participantes podem
ler textos referentes ao endomarketing e/ou pesquisar e apresentar empresas que
aplicam;
A resistência e o
descrédito de alguns líderes fazem parte do processo, mas não devem ser
impeditivas;
A pesquisa de clima serve
para apontar os pontos fracos e fortes, mas isso é só o começo, é momento de
definir quais as ações que serão tomadas.
4) Departamento
Pessoal (DP) ou Recursos Humanos (RH)?
As funções do DP são
principalmente referentes à questões legais de registro de funcionários, folha
de pagamento, férias, rescisão, dentre outras atividades burocráticas e
exigidas por Lei e também servem para organizar o quadro funcional.
Compete ao setor de RH ou
de Gestão de Pessoas o estabelecimento das relações entre as pessoas que fazem
parte da organização. Promovendo recrutamento, seleção, treinamento, políticas
de benefícios, comunicação, dentre outros.
Por vezes, os setores se misturam,
inclusive, alguns supermercados utilizam as mesmas pessoas nos dois setores.
Fortalecer e qualificar o
setor de RH é primordial, pois os funcionários são pessoas que trabalham para
pessoas.
5) Comunicação
A base fundamental do
Endomarketing é a comunicação. Uma empresa pode ser avaliada como sadia ou
doentia observando como é seu processo de comunicação. Fofocas, boatos,
intrigas, insatisfações, mal-entendidos, discussões são frutos de uma doença
crônica da empresa.
Principais sugestões:
mural, jornal interno, cartazes, frases motivacionais, painel dos
aniversariantes, participação em redes sociais, e-mail.
Nenhuma informação
escrita substitui o valor de uma boa conversa. Reuniões frequentes são uma
necessidade para a saúde empresarial. Transformar as reuniões em momentos de
ameaças, levantamento de problemas, apontamentos de erros, são imprudências que
devem ser evitadas.
É comum o funcionário
dizer que a empresa precisa 'valorizá-lo', 'reconhecer' o seu trabalho. Uma
forma de trabalhar essa questão é fornecendo feedback (retorno da informação)
ou seja, conversar com o funcionário apontando de forma justa suas principais
qualidades e o que precisa ser melhorado. Não é simplesmente elogiar ou
bajular, o líder precisa falar a verdade.
6) Treinamentos
Contratar um especialista
para fazer uma palestra motivacional é interessante, mas seu efeito é rápido e
não atinge a raiz do problema.
Os treinamentos podem ser
presenciais (no próprio supermercado ou outra empresa) ou EAD (Educação à
Distância).
Abaixo alguns
treinamentos que fornecem resultados expressivos nos aspectos comportamentais e
operacionais:
Integração do
colaborador: apresentação da empresa, histórico, filosofia, principais deveres,
direitos, lideranças.
Qualidade de atendimento
ao cliente: postura profissional, ética, comprometimento, formas de lidar com
as queixas, busca pela excelência.
Educação financeira: os
funcionários que trabalham em supermercado tem acesso facilitado aos produtos
(alimentícios e algumas lojas contam com eletrônicos) e não precisam pagar
imediatamente. Esses fatores culminam em descontrole financeiro, é comum
encontrar pessoas com alto grau de endividamento, muitas vezes com pouco ou
nenhum dinheiro para receber. Através de um programa de treinamento é possível
repassar conceitos de administração dos recursos financeiros.
Treinamentos
operacionais: Frente de Caixa, Reposição, Padaria, Açougue etc.
Vendas: todos os setores
podem se beneficiar com o conhecimento de técnicas de atendimento e
comercialização de produtos e serviços.
Lideranças: além dos
treinamentos operacionais (controle de estoque, compras, gerenciamento de
categorias etc) os líderes podem participar de eventos que tratem sobre o papel
do líder, competências para trabalhar com a geração Y, atuação em conflitos,
comunicação e relacionamento interpessoal.
Segurança no trabalho,
NR-17, normas de prevenção de acidentes de trabalho, CIPA.
7) Política de cargos
e salários
Um gerente de
supermercado disse: "- O funcionário de hoje não espera nem dar o tempo do
seguro desemprego, não fica nem 3 meses na empresa".
Essa é uma realidade
vivenciada por muitos supermercados, entre todas as questões a serem
consideradas para a rotatividade, há necessidade de destacar a questão de
salário e benefícios.
Empresas de outros
segmentos conseguem implantar com eficiência a subida de cargos no sentido
horizontal (júnior, pleno, sênior e master, por exemplo), desta forma posso
começar como analista jurídico júnior e se cumprir determinadas metas chego a
master.
No entanto, no supermercado,
por uma série de questões, essa hierarquia não é tão facilmente implantada.
Uma possibilidade é a
criação de crescimento vertical, por exemplo, o funcionário começa como
Repositor de Mercadorias 1, passando para o estágio de Repositor 2, até Supervisor.
Todo esse processo deve
ser elaborado em conjunto com o setor de RH, gerência, gestores, proprietários,
funcionários.
Algumas empresas realizam
com sucesso o Programa de Participação nos Lucros (PPL). São negociadas metas
de vendas por setor ou para a loja toda, os funcionários são comissionados e
estimulados a prestação qualificada de serviços.
8) Premiações
A implantação de um
sistema de premiação merece cuidado e ampla discussão com todos os envolvidos,
caso contrário, poderá ocasionar desmotivação e revolta.
O ideal é criar premiação
vivencial, além da financeira. Algumas práticas que deram certo: ingressos para
cinema, crédito de celular, viagem, dia de folga, visita da família ao local de
trabalho, churrasco, sorteio de prêmios.
A principal questão a ser
considerada é forma de avaliação, como mensurar quem merece receber premiação.
Os critérios devem ser claros e objetivos, para isso é importante assegurar que
a comunicação escrita e verbal sejam feitas por uma pessoa capacitada.
9) Investimento em
estrutura física e condições para satisfação de necessidades básicas
Faço a seguinte sugestão:
passe por cada um desses locais e avalie as condições dos mesmos. Se algum
desses espaços for inexistente na sua empresa, reavalie sobre a insatisfação
gerada.
Que tal um tour pelo:
banheiro, vestiário, armário para guardar os pertences, refeitório, local para
descanso, acesso à água.
O funcionário passa a
maior parte do tempo na empresa, convive mais com os colegas de trabalho do que
com sua própria família. Como está a cadeira que o Operador de Caixa senta?
Como é o maquinário do Padeiro e Confeiteiro? Como é o espaço do Açougue? Como
é o computador do comprador? Como são as condições de temperatura que os
funcionários estão expostos?
10) Fortalecimento das
lideranças
Vou dizer o óbvio, mas
não tenho como fugir: Nem sempre a pessoa que é de confiança e trabalha melhor
é o mais indicada para líder. Ainda, é recorrente o número de empresas que
elegem uma pessoa para o cargo de liderança por suas características éticas e
de bom desempenho nas tarefas. Outras habilidades são necessárias, gostaria de
destacar uma que é o carro chefe: comunicação.
Exemplos de supermercados
que praticam o endomarketing e obtiveram resultados expressivos: menor
rotatividade, qualidade de vida, melhoria do clima organizacional,
lucratividade, redução do desperdício e controle de quebras etc:
- Sistema de integração
na abertura da loja: oração do Pai Nosso; Ginástica Laboral; grito de gerra;
frase motivacional; leitura dos elogios da caixa de sugestões (caixa dos
clientes - as reclamações são tratadas em reuniões posteriores);
- Premiação vivencial:
funcionários e clientes apontam os destaques do mês (atendimento, qualidade do
trabalho). Os ganhadores são surpreendidos com presentes: ir ao cinema no
horário de trabalho, receber flores, rodada de pizza, caixa de chocolate;
- Na contratação os
funcionários recebem uma lista do 'Pode' e 'Não Pode', são regras básicas que
orientam sobre os direitos e deveres. Por incrível que pareça algumas questões
que parecem óbvias devem ser expressas: "Não pode pegar produto sem pagar
da empresa"; "Não pode mascar chiclete ou comer quando estiver
atendendo cliente".
- No dia do aniversário o
funcionário ganha um bolo e um bônus para gastar;
Realizei uma Pesquisa de
Clima em um supermercado com índice altíssimo de satisfação e motivação, além
do menor quadro de rotatividade do setor e sucesso de faturamento. O
proprietário disse que tinha uma receita simples: "Pago o melhor salário,
não abro aos domingos, temos bons equipamentos e trato todos com
respeito".
- Espaço com livros,
revistas, jogos, internet para o momento de intervalo;
Promoção de festas
temáticas. Um supermercado de Curitiba realiza todos os anos festas juninas
memoráveis, com direito a casamento caipira e comidas típicas. As fotos ficam
expostas no refeitório;
- Jornal do colaborador:
mensalmente cada funcionário recebe um exemplar contendo conhecimentos gerais,
piadas, receitas;
- Jornal Mural: não é
impresso, as informações são pregadas na parede do refeitório;
- Exposição de um quadro
com as vendas por setor e metas a serem atingidas: os colaboradores acompanham
vivamente o desempenho do seu setor, a empresa trabalha com Programa de
Participação nos Lucros;
- Um supermercado
conseguiu resultados expressivos ao colocar refeitório e servir comida de
qualidade para todos os funcionários;
- Campanhas de prevenção
do tabagismo e alcoolismo;
- Dia da Família, a
empresa realiza um evento onde os familiares podem participar e conhecer a
rotina de trabalho;
Orientação psicológica
para todos os funcionários;
- Parcerias com empresas
e profissionais: academia, lan house, advogado, nutricionista, fisioterapeuta;
- Ações de voluntariado,
uma empresa possibilitou que seus funcionários participassem de ações
beneficentes à pessoas idosas e crianças em estado de abandono;
- Apresentação de peças
teatrais no espaço de trabalho.
É comum nas entrevistas
com funcionários que trabalham em supermercado descobrir que muitos deles nunca
foram ao cinema e nem assistirão uma peça de teatro. Relatos reais que podem
servir como premiação vivencial: Repositor que nunca viu e nem pisou em uma
escada rolante; uma Confeiteira que disse que tinha vontade de conhecer um
shopping center; o Gerente que só viu o mar pela televisão e que sonha
constantemente que está na praia; o Padeiro que nunca foi a um restaurante; a
Operadora de Caixa com o sonho de fazer a unha com uma manicure em um salão de
beleza.
As propostas apresentadas
são simples, mas não simplistas. Durante todo meu exercício profissional como
Psicóloga e atuando diretamente com funcionários que trabalham em supermercado
fui testemunha que o maior investimento que uma empresa pode fazer é na
comunicação. Investir na liderança, capacitá-los para fornecer feedback
(elogiar e apontar o que deve ser melhorado); possibilitar que os colaboradores
exponham abertamente suas opiniões; desenvolver estratégias de incentivo
(prêmios, experiências, oportunidades).
Endomarketing é colocar o
funcionário em primeiro lugar, valorizando-o, oferecendo oportunidades para que
ele seja uma pessoa e um profissional melhor, a excelência no atendimento ao
cliente e a lucratividade são consequências.
Curso: Atendimento ao Cliente (supermercado)
Público: profissionais que atuam em supermercados
Valor: gratuito para adimplentes com o Sindicato - SIEMERC
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